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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Perdido

Perdido assolado triste 
Num vale, num amanhecer
Num vacilo, num deserto

Perdido dentro do meu eu 
Do meu ego, nas minhas tolices
Perdido nas amarras que construi 

Perdido nos mares
Nas areias finas de uma praia qualquer 

Perdido no reflexo das águas 
Nas águas turvas da minha alma

Perdido num caminho com saídas
Nas dúvidas intrigantes

Perdido me encontro 
Sob medida pra minhas aflições
 

domingo, 21 de julho de 2013

Lavo-me

Lavo-me das minhas inquietudes
dos pensamentos perturbadores
Lavo meu corpo sujo de lama...

Despido-me das mágoas de mim mesmo
do medo, da farsa...
Despido das máscaras, da fortaleza
que não tenho.
Da carapuça que não me serve mais.

Entrego-me a prisão que açoita
Entrego-me a lâmina que talha
meu corpo, que fere, mas me traz vida.
Entrego minha alma, de novo
a essa sensação de amar.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Devaneio ....

Embalados pelo ultimo cigarro
As horas não parecem passar
Fica um gosto de você. 
E uma nostalgia do poético
Invade meu ser.

Replicado em emoções 
Bocejo de sono.
Mas resisto contra ele.
Na memória recente 
Do meu mais doce lúdico.
Só me vem sua expressão 

Eu preciso dormir
Mas dominação dos meus sentimentos 
Rejeitam meu relógio biológico 

Ainda bem...
Meu coração acelerado 
Faz de mim o mesmo
O mesmo homem
Prestes a ser derrotado
Pelos seus sentimentos

Mas aí você vem
Cheirando a orvalho novo
Gosto de desejo no céu da boca

Sem querer, me enganando 
Vou vivendo num plácido de amor
Amando meus desejos mais reais 
De amar





segunda-feira, 8 de julho de 2013

Manhã no Cerrado

Os tons pardos do verde cerrado
Ainda continuam por ali
Torneando minha esperança
Ao contento de mais uma primavera
Que chegará

Nem a seca do mau tempo
Conseguem me deixar
Sem graça ou sem vida

A primavera avivará o verde
Deixará os sentimentos todos mais vivos
O sol nascerá beijando as folhas
E ao passar pela fresta da janela
                                                    Esquentará sua pele

Enquanto observo seu corpo
Tocado pelo sol e por minhas mãos
Que nunca se aquietam na sua presença
Te contorno como a brisa dessa manhã
Que envolve as flores

Seus olhos cor de cerrado vivo
Despertam iluminando meu dia
E acorda meu sorriso largo e escancarado
Me toma um sentimento de renovo
"entremeado" ao espanto e comoção
De rever novamente aquela cena única.

Regozijo ao deixar seu corpo trêmulo
Me deleito de prazer
Em meio aos suspiros e acalento da alma

Me pego pasmo
E outra vez me assim...bobo.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A busca

Eu passei anos buscando...
eu busquei amor, busquei compreensão.
Compreensão entre mim e eu.
Eu busquei paixões, busquei até mesmo sofrer.
Sofrer pra aprender mais rápido.
Me disseram um dia, que sofrendo é que se aprende.

Eu já busquei uma parte de mim que não existia,
busquei ser alguém que jamais poderia ter sido
Busquei ser o "eu de hoje", anós atrás e não encontrei
Já tentei sufocar sentimentos, já tentei amar por dó,
por dó de mim mesmo.
Já não me amei apenas por não saber faze-lo.

Passei anos escolhendo as palavras certas,
o momento certo, as escolhas certas
Pra aprender que não adianta buscar nada.
As coisas simplesmente acontecem
Mas passei anos tentando mudar o destino
Tentando prever o natural

Sim é natural que as coisas aconteçam ou não aconteçam
Mas elas só surgem naturalmente

Eu busquei tantas vezes me encontrar que me perdi
Me perdi pelos clichés da vida, me peguei repetindo erros
E sofri por repeti-los.
E padeci

Mas eu aprendi aprender
Aprendi ser forte quando deveria ser
Amável quando podia ser
Duro quando tinha que ser

Eu passei todos os anos da minha vida buscando equilíbrio
Pra descobrir que um dia simplesmente ele chega
Não pedi licença e entra.