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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Cardiovascularmente Sentimental

Aqui estou eu, mais uma vez perdido uma fantástica noite de quarta
Quarta cheia de programas futebolísticos e programa incríveis na TV
Resolvi cheio de tédio, comer uma parte do meu monótono dia 
Dia cansativo, com muita circulação sanguínea e batidas do coração

Queria lá, que meu coração estive tão bem emocionalmente quanto fisiologicamente 
Mas parece que a válvula mitral do meu "orgão", se revoltou e abriu mais uma comporta
Ah !!!!!!!! Tão tricúspides os meus sentimentos, Rs!
Tais quais o meu coração, só pensa em dar o máximo pra liberar todo o sangue

Faz um mês que nos meus vasos pararam de circular sangue 
Por aqui tem passado amor, indiferença e óbvio, muito drama
O meu corpo circula um hormônio diferente chamado: Dramacortizol 
E há quem ainda me julgue sem me conhecer, está claro nada é culpa minha

Eu já nasci com essa fisiologia diferenciada 
Culpem meus pais por favor, por que eu mesmo não escolhi minha herança genética
Então essa propensão para amor e doar minha vida é mera ocasião do meu DNA
E tudo se agrava nessas quartas chatas de solidão

Astrologicamente posso prever e explicar tudo que está acontecendo agora
Mas estou com preguiça demais pra isso 
Então o melhor mesmo é vivenciar cada dia
Deixa esse sangue apaixonado banhar cada célula minha, células mutante...

Que só se diferem por amor...

sábado, 5 de outubro de 2013

O tempo.

E se o tempo parasse?
Os apaixonados se amando pra sempre
As flores intactas mesmo com o vento.

E se o tempo parasse?
Sem reviravolta de sentimentos
A neve nunca se derretendo.

E se o tempo parasse?
as ondas sem movimentos
um dia cinzento sempre

E se o tempo parasse?
E nunca mais houvesse dor
E se não houvesse mais amor?

E se o tempo parasse?
Eu deixaria de ser quem eu sou.

E se o tempo parasse?
Num dia morte?
Num dia feliz?

O tempo não para, para fazer o tempo de todos.
O tempo não para, por que ele é senhor de tudo.


Sobre os dias cinzentos.














E um dia o menino cheio de sonhos
Aquele que acreditava num mundo colorido
Acorda com tons cinzas pelo céu
Ele acorda com as dificuldade do mundo.

Boceja olhando pela janela o dia escuro
Lembrando-se dos tempos de menino
Ele tem saudade do colo da mãe
E até dos olhos severos do pai.

Viaja no túnel impossível do tempo
Relembrando as épocas boas e tortas
Ele tem saudade do picolé do palito
Das brincadeiras de pique-esconde,
e dos primos em volta da casa da avó.

Sugado pela realidade ele precisa levantar
Aceitar que todos crescem
E que se quer há outra maneira

Não há outra maneira se não enfrentar com altivez
garra e determinação.

Ele respira, enche o peito de ar, se estufa
E vai...


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Beleza em mim.

Houve um tempo, um tempo distante...
Em que meu único desejo era ser feliz

Eu delirei anos, delirei a ponto de acreditar que...
Felicidade se toma, se toma com as unhas.

Nesse tempo torpe, o delírio era apenas um "escape".
Escapar de um mundo "estranho".

Nesse mundo onde almejei ser feliz.
Não havia lugar pro diferente.

Houve um tempo que eu só quis ser amado.
Eu olhei pra vida várias vezes, buscando amor.

E eu busque amor nas fontes erradas.
E erros me levaram a sucumbir.

Padeci, padeci pra descobrir coisas sobre mim mesmo.
E então enxerguei que o mundo é meu.

Eu vi! Eu vi com os meus olhos.
Que o mundo cabe nas minhas mãos.

Eu joguei o mundo pro alto.
Enquanto ele girava diante dos meus olhos, eu percebi...

Eu percebi quantas cores mágicas ele tinha.
Aproveitei e pintei meu mundo com as cores mais quentes.

E eu desabrochei, desabrochei como a primavera.
Com um mundo pintado de "novo" bem nas minhas mãos, eu tive certeza...

Tive certeza, que a felicidade estava nas cores.
Nas diferentes nuances que cada "coisa" tinha.

Houve um tempo que eu queria amor.
E então me amei.

Eu agarrei em mim, como minha única esperança...
De ser feliz.

E quando eu olhei pra mim, pra dentro de mim.
E vi que a única saída era olhar pra mim mesmo.

E encontrei coisas que não gostei.
E vi dor, traumas, eu vi a parte de mim que eu nunca queria ter visto.

E doeu. Ver seu reflexo..
Olhar para na alma, às vezes dói.

Eu lembrei de todos os conselhos que você me deu.
E suspirei.

Mas renasci pra tudo aquilo que sempre quis.
E eu vi vida em mim.

E eu me enchi, me esvazie do vazio que havia em mim.
Eu me enchi de cores, de flores, e de amor.

E renasci pra poesia que é amar.
Eu renasci pra beleza que há em mim.

Houve um tempo que eu quis me amar.
Eu me amei.




segunda-feira, 22 de julho de 2013

Perdido

Perdido assolado triste 
Num vale, num amanhecer
Num vacilo, num deserto

Perdido dentro do meu eu 
Do meu ego, nas minhas tolices
Perdido nas amarras que construi 

Perdido nos mares
Nas areias finas de uma praia qualquer 

Perdido no reflexo das águas 
Nas águas turvas da minha alma

Perdido num caminho com saídas
Nas dúvidas intrigantes

Perdido me encontro 
Sob medida pra minhas aflições
 

domingo, 21 de julho de 2013

Lavo-me

Lavo-me das minhas inquietudes
dos pensamentos perturbadores
Lavo meu corpo sujo de lama...

Despido-me das mágoas de mim mesmo
do medo, da farsa...
Despido das máscaras, da fortaleza
que não tenho.
Da carapuça que não me serve mais.

Entrego-me a prisão que açoita
Entrego-me a lâmina que talha
meu corpo, que fere, mas me traz vida.
Entrego minha alma, de novo
a essa sensação de amar.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Devaneio ....

Embalados pelo ultimo cigarro
As horas não parecem passar
Fica um gosto de você. 
E uma nostalgia do poético
Invade meu ser.

Replicado em emoções 
Bocejo de sono.
Mas resisto contra ele.
Na memória recente 
Do meu mais doce lúdico.
Só me vem sua expressão 

Eu preciso dormir
Mas dominação dos meus sentimentos 
Rejeitam meu relógio biológico 

Ainda bem...
Meu coração acelerado 
Faz de mim o mesmo
O mesmo homem
Prestes a ser derrotado
Pelos seus sentimentos

Mas aí você vem
Cheirando a orvalho novo
Gosto de desejo no céu da boca

Sem querer, me enganando 
Vou vivendo num plácido de amor
Amando meus desejos mais reais 
De amar





segunda-feira, 8 de julho de 2013

Manhã no Cerrado

Os tons pardos do verde cerrado
Ainda continuam por ali
Torneando minha esperança
Ao contento de mais uma primavera
Que chegará

Nem a seca do mau tempo
Conseguem me deixar
Sem graça ou sem vida

A primavera avivará o verde
Deixará os sentimentos todos mais vivos
O sol nascerá beijando as folhas
E ao passar pela fresta da janela
                                                    Esquentará sua pele

Enquanto observo seu corpo
Tocado pelo sol e por minhas mãos
Que nunca se aquietam na sua presença
Te contorno como a brisa dessa manhã
Que envolve as flores

Seus olhos cor de cerrado vivo
Despertam iluminando meu dia
E acorda meu sorriso largo e escancarado
Me toma um sentimento de renovo
"entremeado" ao espanto e comoção
De rever novamente aquela cena única.

Regozijo ao deixar seu corpo trêmulo
Me deleito de prazer
Em meio aos suspiros e acalento da alma

Me pego pasmo
E outra vez me assim...bobo.